7 de novembro de 2010


Essa nossa mania de felicidade

Quem disse que as coisas prescisão estar incriveis o tempo todo ? Tem coisas que começa a ser espalhada e pega. A gente não sabe bem quem começou, mas quando nos damos conta, já estamos comprando a ideia. E algumas ideias fazem um estrago danado! Bom, sem mais enrolação: o que quero falar aqui é dessa nescessidade de ser feliz. Muito feliz. O tempo todo. Afinal, a vida é uma festa, podemos tudo o que queremos e prescisamos aproveitar cada minuto ao máximo, certo ? Bom, não sei se é certo. O que sei é que é uma pressão danada, isso sim. Quem disse que prescisamos ser felizes o tempo todo? Veja bem, não quero dizer que legal meso seria se a gente vivesse cabisbaixo. É muito mais gostoso se sentir bem do que se sentir mal, da mesma forma que, sei lá, chocolate ao leite é mais gostoso que chocolate branco (ok, não é da mesma forma). O problema é que como você já deve ter percebido, não dá pra ser feliz sempre. Na verdade até meu priminho de 2 anos já percebeu - não é atoa que ele vive chorando. E aí a ideia do primeiro paragrafo, de que legal mesmo é ser feliz a toda hora, acaba se transformando numa tan, tan, ta, taaan... Numa armadilha. Seja lá o que você entenda por felicidade, ela prescisa de momentos de não felicidade pra ser o que é. Como diz minha mãe: se não fosse o azul, oque seria do amarelo ? Se sabemos que a alegria é tão gostosa de ser sentida, é porque já experimentamos momentos de tristeza também. Ou simplesmente o tédio. E é por isso que quando a alegria vem, podemos ficar tão loucos por ela que queremos que ela esteja com agente a cada instante. Mas, como o meu priminho de 2 anos já percebeu, ela é uma coisa que vem e vai. Não quero soar pessimista, mas não acredito num vale encantado chamado felicidade, que depois de alcançado fica com agente para sempre. Mesmo que você considere ( eu gosto de considerar) Felicidade um estado interno, que nem sempre coincide com o que ocorre fora de nós - tipo, podemos nos sentir felizes mesmo se as coisas não estão do jeito que agente quer-, nosso estado interno varia muito. Aliás o mundo seria bem repetitivo se olhássemos para ele sempre com o mesmo olhar não acha ? Mesmo o melhor dos trabalhos tem dias chatos. Um relacionamento ótimo pode ter dias de dúvidas ou marasmo. Podemos nos sentir feias, não prescisamos estar afim de beijar nossos namorados sempre e podemos ter preguiça dos nossos amigos ás vezes... E tudo bem! Quem acreditou na história do primeiro paragrafo, de que a gente só não pode como tem que ser feliz o tempo todo, pode ficar meio decepcionado nessas horas. É por isso que eu acho que, abrir espaço para a tristeza e para os momentos mais ou menos da nossa vida é libertador. Em vez de achar que tem alguma coisa errada quando não estamos alegres, pode ser maravilhoso aceitar de braços abertos essa não-alegria e aproveitar para pensar um pouco na vida, experimentar coisas de um outro jeito, fazer poesia (filosofias) ou, sei lá, não fazer nada! O que importa é: parar de nos recriminar porque não estamos sendo bem sucedidas nesse projeto maluco de ser feliz o tempo todo. Até porque esse projeto, pelo visto, pode trazer mais tristeza do que alegria!
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