6 de dezembro de 2010


Wherever she may be


Acordar sentindo falta de uma coisa tão... incomum. Olhar pro alto, se motivar a permanecer deitada. É assim. Tem sido assim durante esses trezentos e sessenta e cinco dias. Trezentos e sessenta e cinco hoje. 365 te parece muito? Vamos pensar a respeito, então. Trezentos e sessenta e cinco dias. Soletrar também é difícil. É grande em todos os aspectos. Em trezentos e sessenta e cinco dias uma dor pode aumentar. E gradativamente. Eu odeio números, é sério. Meus dedos nem são suficientes pra contar trezentos, e nem sessenta e cinco. Mas eu tenho sentido a falta dela e números são incapazes de contar isso. Acordar e não vê-la. Correr por ai e não encontrá-la. Trezentos e sessenta e cinco me atormenta agora. Ela não sai da minha mente. Eu fico trêmula de pensar em como tudo acabou. Seus olhos, aquele brilho infindável. Interminável. Estranho como parecia sair luz de todo o seu corpo, como se tudo se desprendesse dela pra me iluminar. Engraçado como ouvir um "Eu te amo" pode nos trazer de volta a vida. E ninguém acredita nisso. Eu sei porque vi, eu vi sua mente tentando voltar pro mundo em nome do sentimento e de uma única voz. Um único amor. Foi o fim mais lindo e doloroso; ao mesmo tempo; que já vi. Onde quer que ela esteja, sinto falta dela. Falta de tudo, mesmo. É estranho falar sobre isso, mas é o que eu sinto. Eu não tenho controle sobre ESSE sentimento, e também não faço questão. Eu sei que ela está lá, onde ninguém sabe. E em todo Verão ela me ilumina. E ela sempre vai iluminar. Eu sorrio porque sei que ninguém, jamais se sentiu assim, e também ninguém teve ela igual eu tive pra mim. Isso me faz sentir única e motivada a seguir com a minha vida, ciente de que o lugar que ela está é melhor, e me sentindo uma vadia sortuda por ter tido ela como ninguém teve. Eu te amo, eu sinto sua falta há um ano. Pedacinho de mim.

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